O parque de skate não presta, no entanto...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Em virtude de um artigo que saiu no Incentivo, em que a localização e o tipo de rampas escolhido para o skatepark do Faial eram criticados, escrevemos o seguinte texto, tentando esclarecer alguns pontos.

A sua localização poderia ser bem melhor, no entanto..
que melhor sítio que um lugar completamente público como a Conceição, com wc e bar de apoio, junto ao mar? Contribui para a descentralização da cidade, e tendo em conta o estigma que associa os desportos radicais de rampas ao consumo de drogas, nada melhor que um local exposto, que muitos visitam durante a semana, passando a poder observar alguns dos “artistas” que se aventuram neste recinto. E claro, não é verde, é cinzento, mas não são o resto dos Açores verdes que cheguem para os críticos?

As rampas não são móveis, nem de madeira, no entanto..
as rampas de madeira não duram mais de dois anos sem manutenção, como as anteriores que alguns construiram por carolice, perto do local do actual parque. O salitre também não exita em entranhar-se e o tempo para secarem é também maior. Em tempos o campeonato nacional de skate necessitava exclusivamente de recintos móveis, mas hoje isso está a desaparecer, e o que são 3 dias de provas comparados com 366 por ano, nada. Os maiores parques de skate do mundo, situados nos Estados Unidos, são em betão, e de lá provem a inspiração para os do “velho continente”, onde os de betão superam largamente os de madeira, assim como em Portugal. Mais económico e com menos impacto para o ambiente, quem sabe iluminado e tudo, permite o formato adoptado que os atletas fluam entre obstáculos sem interrupção, que é essencial para a magia deste “surf de cidade”, além disso.. fica sempre aberta a possibilidade de se fazer um em recinto coberto.

O parque de skate serve para show off antes das eleições, no entanto..
somos daltónicos no nosso prazer de deslizar, saltar e fazer truques difícies.., a obra não é assim tão cara e desconhecendo prioridades, acabamos por nos integrar no grupo etário menos representado no faial (17 aos 25) onde se acrescem os mais novos e a sua maliabilidade natural para desportos radicais. Andamos de skate desde os tempos do liceu, em que os contínuos nos presseguiam antes de nos levarem por uma orelha ao “conselho directivo”, ou a polícia nos expulsava de todo o lado excepto do parque de estacionamento do hipermercado e estamos satisfeitos (e inquietos para que se extreie) esta verdadeira infra-estrutura de lazer.

Mas além de uma opinião, o julgamento ficará a cargo do tempo e dos que ali se divertirem com a devida cautela e respeito pelos outros. Para quem tiver mais opiniões visite aqui o blog skateparkfaial.blogspot.com, veja a maquete do parque, imagens e vídeos do que se for fazendo e falando por cá em termos de skate, patins em linha?, bike?, snake?, trotinete?

Álvaro, Christopher e José Nuno



A noticia resumida::



A juventude social-democrata faialense não concorda com a implementação de um skate-park no Parque da Alagoa. Nas palavras do seu presidente, Hugo Rombeiro, este espaço é “o pulmão da nossa cidade e não deve ser alvo de obras que impliquem mais betão”. O líder da JSD/Faial convocou os jornalistas para uma conferência de imprensa junto à obra, na passada semana, para explicar no terreno as razões que levam a juventude laranja a repudiar esta obra camarária.

Rombeiro frisa que a JSD não está contra esta infra-estrutura, apenas não concorda com a sua localização. “Pensamos que a Escola Secundária Manuel de Arriaga seria a melhor opção”, entende.

O presidente da JSD/Faial lembrou que esta já se tinha manifestado contra a obra no Conselho Municipal da Juventude, e salientou que a construção do skate-park foi iniciada mesmo antes de ir a reunião de Câmara.

Além disso, para a JSD/Faial, a estrutura de betão apresentada “é desactualizada e monótona”, tendo em conta que actualmente este tipo de infra-estruturas é levado a cabo com materiais movíveis, que permitam modificar rampas a dinamizar os circuitos, e não em betão.

A juventude laranja entende ainda que a realização desta obra nesta altura “não passa de um acto eleitoralista”
(fonte: valornoticia.blogspot.com)

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